A vida no antigo Havaí era uma experiência espiritual. O povo acreditava que tudo que havia na terra era abençoado, até mesmo as canoas e remos. Muitos rituais antigos dos havaianos são praticados nos dias de hoje, como o batismo da Canoa Havaiana ou Polinésia.

Também chamada de outrigger ou wa’a, a Canoa Havaiana foi o principal meio de transporte do povo havaiano por vários séculos. Uma canoa bem construída era muito valorizada porque tinha a responsabilidade de transportar homens, mulheres e crianças em segurança até suas casas. Além disso, garantia o acesso a mantimentos e notícias de terras distantes.

Atualmente, a Canoa Havaiana não tem mais a função de garantir a sobrevivência da população do Havaí, mas alguns rituais em torno dela foram mantidos.

O batismo da Canoa Havaiana

batismo de canoa havaiana

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Nas culturas polinésias, bênçãos e cerimônias são realizadas para desejar boa sorte, para que o espírito da canoa seja forte e para fornecer uma passagem segura a todos os que remam na canoa. Portanto, o batismo significa um rito de consagração para pedir proteção divina.

O cerimonial começa com um canto sagrado para invocar a presença das benevolentes divindades havaianas. Para simbolizar a água benta, é usada uma casca de coco cheia de água do mar e a folha de uma planta local. Assim é realizada a bênção para santificar espiritualmente a canoa e afastar as energias negativas.

Raízes marítimas

De acordo com registros históricos, os polinésios eram considerados os melhores navegadores do mundo em mar aberto. Na verdade, na era de Jesus Cristo, os ancestrais polinésios já haviam explorado a maior parte do Oceano Pacífico.

Há milhares de anos, as grandes canoas de casco duplo foram as primeiras embarcações que trouxeram os antigos polinésios às ilhas havaianas. Muitos anos depois, canoas menores foram usadas para pesca, comércio e para navegar entre as ilhas durante a guerra.

Construção da canoa

batismo de canoa havaiana

madeira koa

No passado, as canoas eram construídas a partir de alguns tipos de árvores. Por exemplo, a madeira da árvore Koa formava o casco, já o estabilizador lateral era construído a partir da wiliwili-pua e as hastes de madeira com a árvore hau (hibisco do mar). Para a amarração dessas peças eram usadas cordas trançadas com fibra de coco.

Na cultura havaina, quando uma árvore é derrubada, ganha outra vida. As gerações passadas acreditavam que em tudo havia um espírito vivo, desde plantas, animais e até lugares. Assim sendo, o batismo da Canoa Havaiana começava pedindo perdão à árvore Koa por tirar a sua vida. Além disso, era realizada uma reverência, agradecendo à floresta onde a árvore nasceu.

A partir desse momento, a canoa é acompanhada por Aku (Deus), bem como os ancestrais havaianos chamados de

batismo de canoa havaiana

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Nāaumakua e Lono, o semideus que permitiu o nascimento da árvore. Além dessas entidades espirituais, o mar também é simbolizado por Kanaloa, o semideus de Kekai.

Como é realizado o batismo da Canoa Havaiana hoje?

A tradição antiga de abençoar a Canoa Havaiana continua sendo valorizada nos dias de hoje. Embora haja uma abordagem moderna, ainda ocorre o batismo para mostrar respeito à tradição.

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